O protocolo da quimioterapia que
a Gi iria seguir eram de seis etapas, sendo a primeira de 1 dia, a segunda e a
terceira 5 dias (ambulatorial) a quarta e quinta 7 dias (internada) e a última
5 dias (ambulatorial) e o intervalo entre elas de 21 dias.
Tínhamos muita fé de que a Gi não
iria passar mal, rezávamos muito para isso. Mas como quem rege a nossas vidas é
Deus não foi como gostaríamos que fosse,só que Ele nos sustentou em todos os
momentos difíceis e como foram difíceis.
A primeira etapa foi tranquila,
ela não passou mal e as defesas não caíram, então foi iniciada logo em seguida
a segunda etapa.
Durante a semana da quimio a Gi
não chegou a passar tão mal, só era muito nervosa como já relatei. A cada crise
que dava era muito desesperador, ela se mordia, me mordia, batia a cabeça na parede,
arrancava o cabelo, quando via que ficava com um punhado de cabelo na mão
tentava colocar ele de novo na cabeça e chorava que não queria ficar careca, o
coração da gente nesse momento se despedaçava diante daquela cena. Quando
terminou a segunda etapa as suas defesas caíram muito, foi quando ela ficou
internada pela primeira vez na parte da oncologia. O problema desse andar (14º
andar) é que na época mãe não podia dormir com o filho, então quando a noite
chegava todas tinham que ir embora independente da situação em que eles se
encontravam.
Como a Giovana acabou sendo
internada no feirado da Páscoa deixaram a gente ficar no 13ºandar, me deram um
colchão para eu dormir no chão e eu pude ficar com ela. A Gi ficou tão mal que
achávamos que ela não iria aguentar a situação, teve muita mucosite, muita
febre, precisou tomar morfina para dor, o cabelo da parte da frente tinha caído
tudo, só tinha um pouco atrás e como ela tinha uma mania de enrolar o cabelo no
dedo, ela procurava cabelo e não achava e ficava mais revoltada com tudo
aquilo.
Mas como tudo nessa vida passa
essa situação também passou mas, sempre com Deus nos dando forças.
Quando o feriado terminou levaram a
Gi para o andar de cima e eu não pude mais dormir com ela. Essa foi à parte
mais difícil do tratamento, ter que deixar ela de noite sem a minha presença naquela situação que ela se encontrava foi muito difícil, nos primeiros dias eu
a deixava chorando, depois ela acabou aceitando a situação e ficava sem chorar.
Eu nesta época já tinha muita
saudade da minha casa, das meninas, dos amigos e do grupo de oração que
frequentava, então tive a graça através da minha amiga Elaine de ter a Vera
orando pela Gi lá no HC, neste dia a Gi estava bem abatida e devido a muitas
doses de morfina o intestino dela estava parado e ela sofria muito por isso. A
Vera foi no hospital, orou e quando ela estava saindo a Gi já começou a
apresentar melhora, foi um dia de muitas graças para nós.
Depois da alta a Gi foi
melhorando voltou para a escola, as crianças já tinham sido avisadas da
situação em que a Gi se encontrava, então a adaptação dela com o chapéu foi
tranquila. E assim iam se passando os dias, uns tranquilos, outros tumultuados,
mas todos com Deus na situação.
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