Como já mencionei, o protocolo de
quimio que a Gi iria seguir eram de seis etapas, sendo que a quarta e quinta
seriam internadas.Então quando chegou a quarta etapa ficamos apreensivas sem
saber como a Gi iria passar por mais essa fase.
Nas outras vezes em que ela
internava, ela estava sempre tão mal que nem questionava a internação, mas
agora era diferente ela estava boa e tinha que ir para o hospital.
A internação seria de 7 dias, 24
horas correndo a quimio e entre a troca de um frasco pelo outro ela iria tomar banho.
Como essa quimio era muito forte e poderia causar um dano ao rim ela tinha que
correr juntamente com uma hidratação, então a quimio corria pelo cateter e puncionaram
uma veia no braço onde corria a hidratação.
Diante de toda essa situação imaginávamos
que não seria fácil, mas como Deus sempre estava à frente de tudo Ele novamente
agiu e tudo aquilo que parecia ser muito difícil acabou sendo mais fácil.
Quando a Gi internou ela conheceu
o Lucas que estava internado tratando de Leucemia, logo eles se tornaram amigos
e ficavam o tempo todo juntos brincando na sala de recreação e de noite quando
eu ia embora ele sempre dizia que iria tomar conta dela. Ele era uma graça,
sempre esperava a Gi acordar para tomarem o café da manhã juntos, almoçavam
juntos e dormiam no mesmo quarto. O Lucas marcou muito a nossas vidas , quando
nós o conhecemos ele estava tratando pela terceira vez de Leucemia mas estava bem.
Depois que a Gi terminou todo o tratamento
voltávamos todos os meses em Curitiba e encontrávamos ele no
ambulatório, só que o tratamento dele não foi dando resultado e ele faleceu,
até hoje quando lembro dele me dá um aperto no coração, fico lembrando do seu
sorriso, da sua bondade, mas tenho certeza que Ele está junto do Pai.
Quando a Gi teve alta ela estava
muito bem, e eu havia comentado com o médico que cuidava dela que a minha filha
mais velha iria fazer 15 anos. Então eles permitiram a nossa ida para nossa
casa então, depois de quatro meses e 25 dias retornamos para Arapongas para passar um
final de semana. Viemos de surpresa e fui esperar a Aline na porta do colégio
com um buque de flores, até hoje ela diz que foi o melhor presente que ela teve
em sua vida. Ficamos só um final de semana, mas mesmo assim foi muito bom, triste foi a despedida, deixar para trás quem amamos dói demais.
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